Amazonas – Em torno de 500 quilômetros da BR-319, situada no Amazonas, agora serão administrados por Rondônia. A decisão partiu do Departamento Nacional de Transportes (DNIT), em uma portaria publicada na quinta-feira (23), que passa a administração da área em questão à Superintendência Regional do DNIT de Rondônia.
Há mais de 30 anos, a situação do trajeto está crítica devido às irregularidades no asfaltamento. Chamado de “trecho do meio” por quem costuma atravessá-la, o percurso está situado entre os quilômetros 250 e 655. Já a área cujo domínio de vistoria será passado para o estado vizinho está localizado entre os quilômetros 250,7 e 740.
A recuperação da área está estimada em R$ 1,4 bilhão. A obra ainda deve considerar a construção de 100 pontes erguidas só no trecho do meio, além de passagens aéreas e subterrâneas para animais nativos.
O Departamento informou, em comunicado, que o objetivo da decisão é dar dinamismo aos trabalhos realizados na rodovia, já que “as equipes do Departamento em Rondônia estão localizadas em pontos mais próximos a esse segmento”.
A Associação Amigos e Defensores da BR-319 (AADBR-319)é um movimento que age na reforma da rodovia. Em vídeo publicado no Instagram do órgão, eles se posicionam contra a escolha tomada pelo Departamento. A Associação aponta que passar o domínio administrativo do território para Rondônia vai dificultar, ainda mais, a manutenção da via, visto que o estado ao lado fica bem mais distante da área defasada.
Movimento contra
De acordo com a AADBR-319, a área “doada” passa por seis municípios amazonenses: Beruri, Canutama, Careiro Castanho, Humaitá, Manicoré e Tapauá.
Ao assumir o cargo de presidente da república, Jair Bolsonaro (PL) prometeu o recapeamento do trajeto. Já se passaram mais de quatro anos que a promessa foi feita e nada foi feito.
Cerca de 900 quilômetros separam Manaus de Porto Velho, (capital de Rondônia). Uma distância que leva, geralmente, 6 dias para ser percorrida de carro, poderia ser concluída em 12 horas..
Estima-se que o valor necessário para recapear a BR-319 seja em torno de R$ 1,4 bilhão, pensando na construção de 100 pontes erguidas no “trecho do meio”, além de passagens aéreas e subterrâneas para animais nativos.
A portaria foi assinada pelo diretor-geral do DNIT, Antônio Leite.
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