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USP busca método com biossensor mais barato para identificação da covid-19

O trabalho busca agora aplicar métodos de detecção mais baratos na identificação da covid-19, já que os métodos usuais exigem máquinas mais sofisticadas e técnicos capazes de manusear esses equipamentos.
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Devido à pandemia vivenciada por todos, soluções urgentes são necessárias. No entanto, a urgência tem que ser acompanhada de fatores de qualidade, tais como a precisão e a eficácia. E é exatamente isso que o Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP está buscando, através de parcerias com o Hospital de Amor em Barretos e outros institutos da própria Uniersidade.

A busca por testes mais rápidos e que possam ser aplicados a uma grande quantidade de pessoas é o objetivo do projeto encabeçado pelo IFSC, que está estudando um método de detecção do vírus da covid-19. “Há dois tipos de biossensores para diagnóstico médico: um deles é o imunossensor, que detecta anticorpos, proteínas e antígenos no corpo do paciente, sendo este o teste mais rápido para a identificação da covid-19. O outro é o genossensor, capaz de detectar o material genético no paciente e, no caso da covid-19, um genossensor pode detectar se houve infecção desde o início”, comenta o professor Osvaldo Novais de Oliveira Junior, do IFSC da USP.

Os genossensores são comprovadamente eficazes e precisos, porque a interação de uma sequência de DNA e de material genético é muito específica. Logo, a existência de um falso negativo é quase nula. De acordo com o professor, se as condições de fabricação do sensor forem otimizadas, é possível afastar um teste falso negativo.

O estudo analisou em seu início a existência de uma mudança no gene relacionada ao câncer de cabeça e pescoço. De forma comprovada, eles conseguiram detectar a propensão de um indivíduo em desenvolver esses tipos de câncer. Isso foi viável, porque esses indivíduos têm uma modificação em um gene específico, e com um sensor que faz um reconhecimento do material genético da amostra utilizada é possível detectar as células que tenham ou não câncer de cabeça e pescoço.

O trabalho busca agora aplicar métodos de detecção mais baratos na identificação da covid-19, já que os métodos usuais exigem máquinas mais sofisticadas e técnicos capazes de manusear esses equipamentos. Com a técnica estudada, pessoas seriam capazes de usar esse método com um treinamento mais curto; inclusive, o próprio paciente poderia manuseá-la facilmente, pois o sensor utilizaria modelos parecidos aos já utilizados na detecção de glicose para diabéticos.

Estadão

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