[views count="1" print="0"]

Variante Amazônica do coronavírus é até 2,4 vezes mais transmissível, diz estudo

A Variante Amazônica (P.1) do coronavírus é de 1,7 a 2,4 vezes mais transmissível do que as outras linhagens do vírus, diz estudo publicado na revista Science
Variante Amazônica do coronavírus é até 2,4 vezes mais transmissível, diz estudo
Variante Amazônica do coronavírus é até 2,4 vezes mais transmissível, diz estudo

A Variante Amazônica (P.1) do coronavírus é de 1,7 a 2,4 vezes mais transmissível do que as outras linhagens do vírus, diz estudo publicado na revista Science na última quarta-feira (14). Entre as 17 mutações identificadas pelos pesquisadores, 3 estão relacionadas com a maior capacidade do vírus de contaminar células humanas.

O estudo (íntegra – 6 MB) foi realizado em conjunto com diversas universidades do Brasil, da Europa e dos Estados Unidos. No total, 74 pesquisadores sequenciaram o genoma da Variante Amazônica, entre novembro de 2020 e janeiro deste ano. Com isso, eles descobriram que o vírus provavelmente evoluiu para esta cepa em meados de novembro.

Os pesquisadores também calcularam a chance de uma pessoa que teve covid-19 estar protegida contra a Variante Amazônica. A proteção varia de 54% a 79% quando comparada à defesa que a infecção que outras cepas fornece.

Uma das principais características desta cepa é que as suas mutações estão localizadas em uma parte do vírus que o ajuda a escapar dos anticorpos. Sem a proteção natural do corpo, adquirida por infecções anteriores, o coronavírus consegue infectar com mais facilidade o ser humano.

Outro problema é que, como o Brasil não implementou programa de vigilância genômica estruturado, a variante conseguiu se espalhar de forma rápida pelo país. Isso significa que o vírus conseguiu infectar mais pessoas e assim evoluir de forma rápida. O principal meio de transmissão, segundo o estudo, foi as viagens aéreas entre Manaus e o sudeste brasileiro.

Os pesquisadores também afirmam que logo depois do surgimento da variante P.1, as chances de uma pessoa morrer de covid-19 aumentaram. As infecções levavam à morte de 1,2 a 1,9 vezes mais, de acordo com o estudo. Mas os pesquisadores afirmam que outros fatores também influenciam essa taxa, como a disponibilidade de atendimento médico. Em janeiro deste ano, por exemplo, Manaus passou por uma crise na saúde e falta de oxigênio para atender pacientes do covid-19.

Com informações via Poder360
Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Leia também: Covid-19: SP cria fase de transição e libera comércio no fim de semana

Tags:
Compartilhar Post:
Especial Publicitário