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VÍDEO: após matar amiga asfixiada com saco plástico, mulher sai para pedalar

As imagens de câmeras de segurança mostram a agente de turismo Vivian deixando com bicicleta apartamento que dividia com Thalissa Foto: Reprodução

Após matar a designer de moda Thalissa Nunes Dourado, de 27 anos, com um saco plástico na cabeça e com as mãos amarradas, a agente de turismo Vivian dos Santos Lima Tiburtino, de 34, deixou a casa que dividia com ela, em Paraty, na Costa Verde do Rio, para pedalar.

A designer de moda Thalissa Nunes Dourado, de 27 anos Foto: Reprodução / Arquivo pessoal

É o que concluiu a análise, por agentes da 167ª DP (Paraty), de cerca de 12 horas de imagens de uma câmera de segurança instalada na porta da residência, na Rua Guapuruvu, no bairro Caborê, durante a madrugada de 5 de novembro do ano passado. Os vídeos mostram a jovem, indiciada por homicídio qualificado no inquérito que apura o caso, saindo com uma bicicleta e equipamento de proteção próprio para o esporte, como óculos, capacete e luvas.

Nas filmagens às quais O GLOBO teve acesso, é possível visualizar que, às 6h15, a agente de turismo deixou o imóvel para pedalar, voltando pouco mais de três horas depois, às 9h37. Vivian aparece vestindo shorts, camisa e casaco, e estava com tênis nos pés e mochila nas costas. De acordo com o exame de necropsia feito por profissionais do Instituto Médico-Legal (IML), Thalissa foi vítima de morte violenta, provocada por congestão pulmonar através de uma asfixia mecânica. A estimativa é que a designer de moda tenha morrido entre 4h e 6h.

— As imagens são a mais importante prova de que minha filha foi assassinada dentro de casa e em um momento em que só estavam no imóvel ela e a única e principal suspeita do crime. A rapidez e o fato de ela ainda ter se arrumado em frente à câmera me choca ainda mais, diante da perda irreparável do meu bem mais precioso — disse a mãe da designer de moda, a autônoma Adriana Nunes Dourado, de 47 anos.

— Sem fazer nenhum pré-julgamento, o recorte do vídeo mostra a saída da Vivian da residência para praticar exercícios de forma tranquila, em um tempo em que, segundo indicam os laudos, a Thalissa já estava morta. Esse tipo de comportamento flagrado pela câmera sugere que ela não tinha ciência do acontecido, o que causa absoluta estranheza considerando o estado em que se encontrava o corpo, ou que ela realmente não estava se importando muito com isso e deu sequência natural a sua vida — completou o advogado Rafael Borges, que representa os parentes da designer de moda.

Na casa em que as duas moravam, havia cerca de quatro meses, não foram encontrados sinais de arrombamento nas portas e janelas, nem tampouco de escalada. Em diligências do Grupo de Apoio aos Promotores de Justiça (GAP) do Ministério Público constatou-se que “o local é predominantemente uma área residencial, pacato e de pouco movimento de veículos e pessoas transitando, sendo que o imóvel onde ocorreu o fato possui um terreno baldio e de mata nos fundos”.

As imagens mostram ainda que, naquela madrugada, Thalissa chegou a residência — onde já se encontrava Vivian — à 0h34, acompanhada por um casal de amigos que permaneceu no local até 1h15. Os vídeos mostram que, às 2h20 ela saiu, em perfeitas condições físicas, retornando às 3h12. Às 12h30, uma equipe de profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou à casa para recolher o cadáver.

No início das investigações, Vivian chegou a ter a prisão temporária pedida pelo delegado Marcelo Haddad, titular da 167ª DP, e pelo Ministério Público, mas o pleito foi negado pela juíza Letícia de Souza Branquinho, da Vara Única de Paraty. Em seu despacho, a magistrada determinou o recolhimento do passaporte da jovem, a proibição de deixar a cidade, além do comparecimento quinzenal em juízo para justificar suas atividades.

“Em que pesem os argumentos levantados pela autoridade policial e pelo Ministério Público, compreendo que se faz necessária a colheita de outras provas e elementos de investigação a fim de conferir maior robustez à hipótese investigativa levantada, além de inexistir efetivo risco da liberdade da indiciada às investigações, de forma a justificar a medida excepcional da custódia temporária”, argumentou Letícia de Souza Branquinho, solicitando laudos complementares ao IML.

Entre as requisições feitas pela juíza Letícia de Souza Branquinho e ainda não concluídas, estão o laudo de exame toxicológico de Thalissa e de DNA da amostra de sangue retirado das mãos da designer de moda, além da perícia feita no conteúdo existente do computador e IPad da jovem. A finalização do inquérito depende desses documentos.

Há cerca de três semanas, Departamento Geral de Polícia do Interior (DGPI) da Polícia Civil do Rio determinou que fosse coletada amostra de material genético Vivian para que, através de um exame de DNA, seja comparado com os resíduos encontrados embaixo das unhas de Thalissa, e fortalecer ainda mais o conjunto probatório do inquérito. A agente de turismo já esteve na delegacia e a análise já está sendo realizada pelo IML.

*Com informações de O Globo

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