Um dos coordenadores nacionais do MBL (Movimento Brasil Livre), Renan Santos anunciou nesta segunda-feira, 13, que irá processar a ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, pela divulgação por ela de um vídeo de 2018 em que ele faria apologia ao estupro. A gravação voltou a circular após a entidade encabeçar uma organização de manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro no domingo, 12.
No vídeo, Renan afirma, junto com um grupo de amigos, que, caso eles não conseguissem entrar em um bar, iriam estuprar uma colega. “Se não formos enquadrar entrar, a Bárbara será estuprada”, diz o líder do MBL.
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Na publicação em que o vídeo foi compartilhado, a ministra informa que pedirá a atuação da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos e uma investigação sobre a autenticidade do vídeo ao Ministério Público. “Não vamos permitir que estes jovens que se dizem tão politizados façam uma“ brincadeira ”desta”, escreveu Damares.
Renan divulgou hoje uma nota, assinada também por Bárbara Tonelli, que foi o alvo da “brincadeira” de mau gosto no vídeo, e diz que irá “processar a ministra pelos danos causados”. “Foi com grande assombro que descobrimos que, neste dia, 12.09.2021, alguns blogs bolsonaristas e o ministério Damares Alves compartilharam um recorte de um vídeo, tirado de contexto, buscando destruir a reputação do Renan dos Santos”, diz o texto.
A nota ainda afirma que “o vídeo foi gravado em novembro de 2018 e mostra a confraternização de alguns amigos”, que “o grupo rumava de bar em bar, fazendo discursos sem sentido (porque estavam bêbados)” e que Renan fez uma “ chamada infeliz ”com sua“ amiga de anos ”. Também é ressaltado que “não há de ilícito ou ato criminoso nas brincadeiras feitas naquela noite”, diz o texto.
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