Mundo – Após a visita da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, à China, as tensões com a ilha aumentaram. Decorrente disso, Taiwan prometeu reforçar a segurança contra possíveis ataques por “forças estrangeiras”, como ataques cibernéticos, por exemplo. Anúncio foi dado nesta quarta-feira (3).
Para expressar o tamanho da frustração com a visita de mais alto nível dos EUA, ocorrida após 25 anos, a China convocou o embaixador dos Estados Unidos em Pequim e interrompeu uma série de atividades agrícolas da ilha.
Pelosi desembarcou em Taiwan na terça-feira (02) e já foi nesta quarta-feira, após garantir solidariedade à Taiwan e reverenciar a democracia.
Durante coletiva de imprensa, o porta-voz do gabinete de Taiwan, Lo Ping-cheng, informou que as forças de segurança foram intensificadas nas áreas mais importantes, como usinas de energia e aeroportos. Ping também afirmou os escritórios do governo aumentaram o nível de alerta de segurança cibernética.
De acordo com o porta-voz, ao que tudo indica, Taiwan será alvo de aumento da “guerra psicológica”. Lo ainda disse que serão feitas campanhas públicas para mobilizar a opinião coletiva.
No que a história registra, a China jamais abriu mão de utilizar a força para colocar Taiwan sob seu domínio. De acordo com a gestão chinesa, esse controle é o ponto mais relevante nas relações com os Estados Unidos. Mesmo assim, Taiwan recusa as exigências de soberania da China e garante se defender.
A viagem de Pelosi à ilha não traz quase nenhuma vantagem.
Não há praticamente nenhum benefício nessa viagem. Até mesmo Taiwan pode ser prejudicada. O cenário atual, embora seja instável, ainda é melhor do que a opção de uma tentativa chinesa de reunificação pela força.
Hoje, a China é muito mais forte do que em 1997, última vez em que um presidente da Câmara dos EUA pisou no país. A decisão de Pelosi tem viés político, com foco nas eleições de meio de mandato nos EUA, que quer se mostrar “dura” com a China.
As eleições de meio de mandato nos Estados Unidos são eleições realizadas dois anos após uma eleição presidencial. Logo, acontece quase na metade do mandato do Presidente dos Estados Unidos.
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