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Zé Ricardo propõe ao Ministério da Saúde o fornecimento de vacinas para imunizar 70% da população do AM, hoje com a maior taxa de mortalidade do mundo

A taxa de mortes (1.989) no Estado é superior à da Bélgica (1.836), país recordista mundialmente em relação ao tamanho da população

A pandemia por Covid-19 no Amazonas apresenta, atualmente, a maior taxa de mortalidade do mundo, 2.599 mortes por milhão de habitantes, de acordo com dados da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS/AM). A taxa de mortes (1.989) no Estado é superior à da Bélgica (1.836), país recordista mundialmente em relação ao tamanho da população. Encontra-se também com a maior taxa de mortes e de transmissão no Brasil, enquadrado na fase roxa, que corresponde à classificação máxima de risco, diante da nova variante.

Como uma medida urgente para tentar frear essa trágica realidade do Estado, o deputado federal Zé Ricardo (PT/AM) apresentou Indicação ao Ministério da Saúde (MS) para priorizar e ampliar a campanha de vacinação contra a Covid-19 em Manaus e nos municípios do Amazonas. A reivindicação é que sejam enviados o mais breve possível seis milhões de doses de vacinas, necessárias à aplicação das duas doses por pessoa, para imunizar 70% da população amazonense.

“Não podemos continuar recebendo vacinas em quantidade proporcional à quantidade de habitantes. O critério para o Amazonas tem que ser o do índice de mortalidade, o maior do mundo, com o adicional do risco de aumento do contágio pela nova cepa do vírus, que exige ação rápida para bloquear a sua propagação. Outra preocupação também é com relação à estrutura do atendimento de saúde. Nas 61 cidades do interior, nenhuma tem UTI. Apenas a capital dispõe desse serviço, que já está totalmente comprometido”, declarou Zé Ricardo, explicando que esse percentual é necessário para se atingir segurança sanitária nos próximos 100 dias, imunizando em Manaus pelo menos 1,5 milhão de pessoas, e no estado um total de 3 milhões, levando-se também em consideração que 80% das vítimas fatais concentra-se nas faixas etárias acima de 50 anos de idade.

Para ele, as estatísticas de mortes oficiais não conseguem expressar a dimensão da tragédia humana vivida no Estado, principalmente, nesse último mês de janeiro, diante da subnotificação ainda existente e agravada ainda mais pela crise de oxigênio. “Não dá para aceitar e nem esquecer o sofrimento diário de milhares de pessoas em busca de atendimento nos hospitais, tendo que conviver com a insuficiência da estrutura de saúde pública, na qual faltam desde máscaras e respiradores até leitos de UTI, com o agravante terrível que foi a falta de oxigênio para pacientes internados com insuficiência respiratória, que resultaram em muitas mortes por asfixia. Algo precisa ser feito com urgência, e são com as vacinas”.

No documento, o parlamentar também destaca que no Estado há a maior quantidade de indígenas do Brasil, sendo essa população mais vulnerável à pandemia e necessitada também de imunização. Em Manaus, por exemplo, existem cerca de 20 mil indígenas que não recebem atendimento de saúde do Governo Federal por estarem fora das suas aldeias e que ajudou a chegar no atual patamar de mais de 20 mil infectados e mais de 260 mortes entre esses povos em todo o Amazonas. “Outra tragédia que precisa ser contida com a vacina para a maioria da população”, finalizou.

*Fonte: Assessoria

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